3 de março de 2011

pequenas revoluções

Ernesto é revolucionário e sua ideologia é marginal, expressa numa prática resoluta e por vezes cruel. Na cadência do rap desce a Grande Avenida num modelo 2011, voa o sinal que lhe vermelha, e lá depois do rio vai praticar seu ideário. Queima um beque enquanto o companheiro risca um espelho, abaixam o som, conferem os instrumentos, dão a ordem:

- É um assalto!!!

O comparsa assume o outro veículo, não matarão, dia sagrado, aniverssário da mãe de Ernesto.

Em nome da luta de classes, um perdeu um bem e ficou com o ônus e com a vida, talvez repense o lugar e como vive; os outros dois vão esbanjar talvez numa orgia, o saqueio do dia.

Nenhum comentário: