Ernesto é revolucionário e sua ideologia é marginal, expressa numa prática resoluta e por vezes cruel. Na cadência do rap desce a Grande Avenida num modelo 2011, voa o sinal que lhe vermelha, e lá depois do rio vai praticar seu ideário. Queima um beque enquanto o companheiro risca um espelho, abaixam o som, conferem os instrumentos, dão a ordem:
- É um assalto!!!
O comparsa assume o outro veículo, não matarão, dia sagrado, aniverssário da mãe de Ernesto.
Em nome da luta de classes, um perdeu um bem e ficou com o ônus e com a vida, talvez repense o lugar e como vive; os outros dois vão esbanjar talvez numa orgia, o saqueio do dia.
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