2 de março de 2011

de onde vem as canções de um povo-novo

Amamos as metáforas, arredondamos sílabas e comemos às vezes vogais às vezes consoantes, temos fome, nossa língua dança – enquanto ao lado da mesa – uma negra samba, ou soul, que de tanta lambada no couro por lá cantou blues os céus Mississipis.

Pendurou, por estas bandas Guaranis, os sapatos ao pescoço e botou Brasil afora aos lados por baixo por dentro a língua lusitana pra se encontrar à dança maldita, Kaya, tambor nagô, cocar o côco, jongar o jongo, lusi-sambar.

E barracões e sertões celebram a grandeza de estarem no aumentativo e no plural, que até o tempo se segura, só pra ser um pouco épico.

Nenhum comentário: