6 de dezembro de 2008

benvindo `a Peixe Amarelo

Na Cidade do Peixe Amarelo
Não pega bem gravata
Cheira a embuste
Entortar o ‘r’ pega bem
Ser católico também
Festejar ilustres
Parcelar bravatas
Ainda assim não escapar ao belo

Na Cidade do Peixe Amarelo
Vive a feliz e a ingrata
Uma dá riso a outra chute
Cada uma quer o bem
Só uma sabe que só querendo não se tem
Se preciso rude
Não temer as próprias traças
Gozar a vida sem a culpa dos modestos

Na Cidade do Peixe Amarelo
A natureza em cascata
Lindas Iaras nutrem
Seus lindos seios num vai e vem
Umas querendo outras também
Um noivo impune
Merecer e ser tratada
Ter da vida seu sucesso

Na Cidade do Peixe Amarelo
Rio e vida pela madrugada
Muitos brindes à saúde
Agarrar cada vintém
Fazer de si o que se tem
Em salvas à virtude
Sete caixas de cachaça
E sorrisos de rastelo

Na Cidade do Peixe Amarelo
Sonho e vida entrelaçada
Namorar a juventude
Dar pancada no desdém
Esquecer o que não vem
Braço dado à quietude
Ter–se dono em cada praça
Ser feliz que só um ébrio

Nenhum comentário: